Nos últimos 100 metros da pista o F-31 sofreu um desvio de 30 graus com referencia ao eixo central da pista, deixando sobre a mesma uma marca do trem de aterrizagem direito e outro da roda posterior (cauda).
Os sobreviventes José María Aguilar, José Plaja e Grant Flynn (este ultimo, que
estava com a porta aberta do avião, se despedindo das pessoas, se atirou para fora ao ouvir o ruído), disseram no processo judicial que no momento da manobra de decolagem ouviram um forte ruído proveniente do trem de aterrizagem, logo depois o F-31 se desviou e se chocou com o F-11 Manizales.
Analisadas as marcas deixadas pelas rodas não se observou variação no curso, indicando a intenção de correção do curso. Nas fotos do F-31 acidentado se observa que o leme trazeiro estava numa posição exagerada para a esquerda.
Analiticamente, se pode interpretar uma posição anormal do leme trazeiro na manobra de decolagem, como uma desesperada manobra do piloto Samper para corrigir o curso do avião. O trem de aterrizagem direito havia falhado pelo rompimento do eixo. Em uma clássica fotografia do acidente tirada por Orbando, registrou a evidencia da ruptura do eixo do trem direito.
O impacto pela energia cinética do F-31 e a carga de combustível que necessitavam os trimotores para iniciar o vôo (o outro também estava reabastecido para decolar) iniciou o grande incêndio, alimentado por 700 galões (1 galão = 4, 5 litros) de gasolina. O F-31 da SACO transportava 13 ocupantes, sete do lado direito e seis do lado esquerdo, 60 baús, 12 latas de filmes. Estimava-se 470 kg. De carga do lado direito e 340 Kg. no esquerdo. O corredor
Entre os bancos estava ocupado por telões e tambores de filmes por baixo dos acentos.
Por outro lado, a força do choque, fez com que as asas do Manizales entrasse no F-31, ocasionando o desmembramento de alguns passageiros, entre ele Gardel, fato este constatado nos exames da necropsia.
Fontes:elcolombiano.com
Ricardo Ostuni
Todotango.com.ar
Formatação e Pesquisa: Helio Rubiales
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