Em 1931, Carlos Gardel canta durante dois meses na célebre Costa Azul francesa, onde freqüentavam europeus milionários e famosos. Seu centro de reunião era o cassino Palais du Mediterranée de Nice, também freqüentado por grandes artistas como Charles Chaplin, que então recibia os elogios por seu recém-apresentado filme Luzes da Cidade.
Madame Sadie Baron Wakefield, admiradora de Gardel, seu cantor preferido, realizou uma festa em sua casa na Riviera francesa, para receber Chaplin. Uma bailarina que viveu um romance com Chaplin, May Reeves, escreveu em suas memórias: «Havia uns quarenta convidados. Chaplin estava muito em forma. Um cantor argentino, acompanhado por seu guitarrista, cantou em sua honra, enquanto isso Chaplin instalado atrás do bar levava à boca uma enorme garrafa de conhaque e cortava uma torta gigantesca com uma faca descomunal» .
Charles Chaplin declarou a Regina Creuve, cronista do New American Lines, em 1935, depois da morte de Gardel: «Em uma reunião íntima, Gardel começou a cantar e me impressionou profundamente. Tinha um dom superior com sua voz e sua figura, e uma enorme simpatia pessoal com a qual ganhava, de imediato, o afeto de todos. Tão profunda era a simpatia que inspirava, lembro perfeitamente bem, que chegamos até as primeras luzes da madrugada depois de uma noite de alegria.»
«Digam senhores ao público que com Gardel perco um de meus mais simpáticos amigos e que os países sul-americanos não tinham melhor representante que ele entre nós. Enquanto da arte cinematográfica, foi subtraído um cantor destinado a constituir uma das maiores figuras da cinematografia.»
Fonte: elportenito.blogspot.com
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
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